Como ontem não teve o protesto dos royalties do petróleo, vou deixar pra escrever sobre eles amanhã...
Ontem a noite, voltando pra casa em mais um dia de chuva, me juntei a umas 40 pessoas amontoadas embaixo daquela cobertura que tem nos pontos de ônibus. O ponto estava lotado pois são poucos os ônibus que sobem a Marquês de São Vicente e vão para Rocinha e redondezas. Até que parou um 546, daqueles pequenos, sem cobrador, só motorista. Foi uma cena de caos! Ele veio lotado mas mesmo assim o motorista parou. Umas 30 pessoas do ponto tentavam subir desesperadamente, sabe-se lá quando iria passar outro... Quem ficava do lado de fora do ônibus, empurrava quem tava dentro, pra tentar encaixar. Nas janelas embaçadas, dava pra ver que ninguém conseguia se mexer ali dentro (imagina se alguém quisesse saltar antes do ponto final!). O motorista deve ter se arrependido, pois até no lugar que era pra ser o dele havia gente se espremendo.
Cansaço, chuva, aperto... Mas somos cariocas né... No ponto, do lado de fora, eu e as 9 pessoas restantes ríamos e comentávamos uns com os outros aquela cena, que de desesperadora havia ficado muito engraçada! O ônibus mal saía do lugar, o motorista teve um surto de risadas! Sabe piada de fusquinha, que saem 60 pessoas de dentro de um fusquinha? Devia ter umas 60 pessoas sentadas e umas 60 em pé, no capô, na janela, bunda pra fora, braço pra fora... Nós ríamos também porque quando chegasse o nosso, provavelmente a cena iria se repetir...
Não dá pra se sentir solitário assim né? Mas se ainda assim você estiver muito só... tente pegar o metrô do Rio! (alguém me explica o que tá acontecendo??). Abaixo, o metrô de Ipanema...
O transporte público do Rio realmente é uma das nossas maiores vergonhas. Os ônibus demoram demais, quando passam, não param, e quando param, estão tão abarrotados de gente, mas tããão cheios, que os motoristas acham que cabe mais um pouco, como voce descreveu. ¬¬
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