sexta-feira, 19 de abril de 2013

Vai de ônibus? Leia um livro!

E depois troque pra ler outro!

Em 10 pontos de ônibus da zona sul do Rio de Janeiro, desde o dia 3 de abril, foram instaladas estantes feitas de caixas de feira para a troca de livros no projeto "Troque 1 livro". São bibliotecas improvisadas onde os interessados podem pegar os livros emprestados gratuitamente e se perder nas diversas histórias e temas durante todo o engarrafamento e trajeto.

foto de divulgação tirada do g1.globo.com


Atualmente os livros podem ser retirados e entregues na Rua Cosme Velho, na altura do Colégio São Vicente, na Praça Santos Dumont, na Rua da Passagem em Botafogo, na Rua Jardim Botânico na altura do Parque Lage e em Ipanema, nas esquinas das ruas Garcia D'Avila e Joana Angélica. Mas a ideia é que o projeto possa expandir para outros bairros e regiões da cidade. Nesta fase inicial foram doados 100 livros, que vão de Vladimir Nabokov a Jorge Amado.

Uma excelente alternativa para largarmos os celulares e intensificarmos nossa cultura viajando não só pela cidade mas pela enorme magia que só um livro pode trazer.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Impressões de um francês sobre o Brasil

Como a ideia aqui é entendermos um pouco mais esse jeito carioca de viver, se relacionar, de pensar, achei interessante colocar aqui as impressões de um francês que estão dando o que falar. O cara mora em BH e escreveu mais de 60 tópicos descontraídos que achou interessante ressaltar sobre o nosso jeitinho brasileiro. Separei 20 que acho que vale a pena ler - dá pra concordar com quase tudo!

"1. Aqui no Brasil, tudo se organiza em fila: fila para pagar, fila para pedir, fila para entrar, fila para sair e fila para esperar a próxima fila. E duas pessoas já bastam para constituir uma fila.

2. Aqui no Brasil, o ano começa “depois do Carnaval”.

3. Aqui no Brasil, não se pode tocar a comida com as mãos. No MacDonalds, hamburger se come dentro de um guardanapo. Toda mesa de bar, restaurante ou lanchonete tem um distribuidor de guardanapos e de palitos. Mas esses guardanapos são quase de plastico, nada de suave ou agradável. O objetivo não é de limpar suas mãos ou sua boca mas é de pegar a comida com as mãos sem deixar papel nem na comida nem nas mãos.

4. Aqui no Brasil todo é gay (ou ‘viado’). Beber chá: e gay. Pedir um coca zero: é gay. Jogar vólei: é gay. Beber vinho: é gay. Não gostar de futebol: é gay. Ser francês: é gay, ser gaúcho: gay, ser mineiro: gay. Prestar atenção em como se vestir: é gay. Não falar que algo e gay : também é gay.

5. Aqui no Brasil, os homens não sabem fazer nada das tarefas do dia a dia: não sabem faxinar, nem usar uma maquina de lavar. Não sabem cozinhar, nem a nível de sobrevivência: fazer arroz ou massa. Não podem consertar um botão de camisa. Também não sabem coisas que estão consideradas fora como extremamente masculinas como trocar uma roda de carro. Fui realmente criado em outro mundo...

6. Aqui no Brasil, o cliente não pede cerveja pro garção, o garção traz a cerveja de qualquer jeito.

7. Aqui no Brasil, todo mundo torce para um time, de perto ou de longe.

8. Aqui no Brasil, sempre tem um padre falando na televisão ou na radio.

9. Aqui no Brasil, a música faz parte da vida. Qualquer lugar tem musica ao vivo. Muitos brasileiros sabem tocar violão embora que não consideram que toquem se perguntar pra eles. Tem músicos talentosos, mas não tantos tocam as musicas deles. Bares estão cheios de bandas de cover.

10. Aqui no Brasil, praias bonitas não faltam. Porem, a maioria dos brasileiros viajam todos para as mesmas praias, Búzios, Porto de Galinhas, Jericoacoara, etc.

11. Aqui no Brasil, existe três padrões de tomadas. Vai entender porque...

12. Aqui no Brasil, se acha tudo tipo de nomes, e muitos nomes americanos abrasileirados: Gilson, Rickson, Denilson, Maicon, etc.

13. Aqui no Brasil, quando um filme passa na televisão, não passa uma vez só. Se perder pode ficar tranquilo que vai passar mais umas dez outras vezes nos próximos dias. Assim já vi "Hitch" umas quatro vezes sem querer assistir nenhuma.

14. Aqui no Brasil, quando comprar tem que negociar.

15. Aqui no Brasil, tem um jeito estranho de falar coisas muito comuns. Por exemplo, quando encontrar uma pessoa, pode falar “bom dia”, mas também se fala “e ai?”. E ai o que? Parece uma frase abortada. Uma resposta correta e comum a “obrigado” e “imagina”. Imagina o que? Talvez eu quem falte de imaginação.

16. Aqui no Brasil, relacionamentos são codificados e cada etapa tem um rótulo: peguete, ficante, namorada, noiva, esposa, (ex-mulher...). Amor com rótulos.

17. Aqui no Brasil, tem três palavras para mandioca: mandioca, aipim e macaxeira. La na franca nem existe mandioca.

18. Aqui no Brasil, marcar um encontro as 20:00 significa as 21:00 ou depois. Principalmente se tiver muitas pessoas envolvidas.

19. Aqui no Brasil, o brasileiros acreditam pouco no Brasil. As coisas não podem funcionar totalmente ou dar certo, porque aqui, é assim, é Brasil. Tem um sentimento geral de inferioridade que é gritante. Principalmente a respeito dos Estados Unidos. To esperando o dia quando o Brasil vai abrir seus olhos.

20. Aqui no Brasil, o povo é muito receptivo. E natural acolher alguém novo no seu grupo de amigos. Isso faz a maior diferencia do mundo. Obrigado brasileiros.

Para ler todas as 60, o blog do Olivier: http://olivierdobrasil.blogspot.com.br/

terça-feira, 16 de abril de 2013

Solidariedade a favor da saúde

Um gesto de cidadania é você tentar ajudar aqueles que precisam utilizando seus recursos, sua vivência, sua experiência, seu conhecimento, suas habilidades, sua generosidade.

E foi com um gesto cidadão que um grupo de amigos se reuniu para levar mais saúde para as mulheres das comunidades do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho, da zona sul do Rio de Janeiro. Após entrar em contato com a Associação de Moradores do Cantagalo e confirmar a necessidade deste tipo de ação - temos que concordar que a saúde na cidade não é lá das mais acessíveis - foi disponibilizado para o grupo uma casa abandonada, doação de uma produtora para a comunidade, já com a ideia de se tornar um posto de saúde - que não aconteceu até então.

Com a ideia, a vontade, o local e os médicos disponíveis, era hora de colocar tudo pra funcionar e tornar aquele sonho algo real. E foi o que aconteceu. Todos os voluntários se reuniram e limparam a casa, e através de e-mails conseguiram doações e móveis para montar o Postinho, inaugurado em abril de 2010.

Durante os 3 anos de funcionamento o Postinho contou com a colaboração e muito trabalho de seus voluntários e com doações de remédios e materiais feitas por amigos e familiares. E conforme o projeto foi crescendo mais parceiros e voluntários abraçaram a ideia.


Após um ano com mais de mil atendimentos, o Postinho virou "ONG Rede Postinho de Saúde - Saúde preventiva da mulher" e acolheu mais especialidades. Ao todo são 11: Ortopedia, Dermatologia, Oftalmologia, Clinica Geral, Nutrição, Fisioterapia, Massoterapia, Enfermagem, Terapia Floral, Psicologia e Reiki. Totalizaram mais de 4000 atendimentos no tempo de funcionamento e se tornaram respeitados e muito procurados pela comunidade, que sentia falta de alguns serviços e ali puderam encontrar também um atendimento diferenciado - afinal, sendo voluntários só podiam estar ali por muito amor mesmo. 

Porém, não é só da boa vontade dos participantes que se mantém os sonhos e ao longo do tempo dificuldades foram surgindo. O Postinho sofreu muito com a ação do tempo e com as chuvas fortes e em junho de 2012 teve que ser fechado. A umidade destruiu móveis, medicamentos e tornou o ambiente ruim para atendimentos médicos. Não teve jeito.  

A parte boa é que a vontade dos médicos voluntários continua. E um problema desses pode ser resolvido, claro. O Postinho não possui patrocinadores mas já saiu no RJTV e agora conta com mais colaboradores para se reerguer e voltar a levar mais saúde para esta comunidade - e quem sabe expandir essa ideia por outras comunidades?

E nós podemos ajudar! Divulgando a ideia, doando itens necessários e fazendo doações em dinheiro - tem valores de 15 reais pra cima e toda ajuda é super bem vinda!

Para colaborar e saber mais, acesse: http://benfeitoria.com/postinho

Eu quero um Rio com mais saúde e com mais pessoas de iniciativa e solidárias!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

"... sujou o chão?? Limpa aí seu porcalhão, tenha mais educação!"

Uma pesquisa feita pelo site de turismo TripAdvisor indicou e publicizou aquilo que todos nós sabemos: o Rio de Janeiro está uma sujeira só! (calma, neste momento não estou falando de política). O levantamento considerou os principais destinos procurados por turistas e trouxe a tona essa realidade de que não adianta apenas ser bela, uma boa cidade tem que ser bem cuidada também.

Em primeiro lugar, como a mais suja, ficou Bombaim, na Índia. O Rio, cidade maravilhosa, ficou em 9°, sendo a única cidade brasileira na lista das 20 mais sujas - a considerada mais limpa é Tóquio, no Japão.

Para tentar limpar essa imagem,  a partir de julho deste ano estará valendo uma nova lei que irá multar todos os porquinhos, quero dizer, pessoas que jogarem lixo fora da lata. Serão cerca de 500 agentes municipais encarregados dessa missão. Na verdade, a lei já esta valendo mas por enquanto os agentes irão apenas orientar e tentar começar essa nova/velha educação. A partir de julho o valor irá variar de R$ 157,00 até R$ 3.000,00, dependendo da quantidade de lixo despejado.

Infelizmente o carioca não conseguiu entender nem aprender que o lugar do lixo não é nas ruas. Mais uma vez foi preciso criar uma lei, mexer nos bolsos, para que possamos por em prática o básico da boa educação. A medida será válida para todos, inclusive crianças. Estas, porém, não levarão multa. Se não aprenderam em casa, irão aprender com os agentes que vão orienta-las também.

Mas acredito que as crianças não serão o problema. Assim como no pedaço da letra da Galinha Pintadinha que fiz de titulo desse post, nossas crianças estão sendo bem orientadas e parecem saber mais que nós, adultos - basta que a gente pare de dar exemplos errados.

No Rio das Pedras, em Jacarepaguá, após descobrir que sua comunidade era considerada uma das mais sujas do bairro, uma cabeleireira e sua filha resolveram fazer a diferença. Montaram um projeto para fiscalizar e cobrar da comunidade a limpeza, horário certo de colocar o lixo pro caminhão buscar, separar lixo, etc. O projeto é a Patrulinha da Limpeza. Ele leva jovens e crianças, todos treinados, para as ruas da comunidade com apitos pendurados nos pescoços, chamando a atenção para qualquer tipo de porcaria e porcalhões. Não é uma multa, mas é uma vergonha danada ser pego fazendo isso e tomar um apitasso da criançada.

De resto, não adianta reclamar que não achou a lixeira, que escorregou da mão, que guimba de cigarro pode, etc, etc. Pense assim: se fosse no chão da sua casa você jogaria?? Pois o Rio de Janeiro também é a sua casa.

Então agora vai: lei nova, patrulhinha, patrulhona... Rio de Janeiro, cidade linda e limpa! Na marra!