quinta-feira, 29 de abril de 2010

Desabafo na política

Você pode achar que não tem nada a ver com cidadania carioca, mas ser cidadão é compartilhar essas informações...

A deputada Cidinha Campos (PDT-RJ) fez um desabafo que estava engasgado em todos nós, brasileiros (não só cariocas dessa vez hein). Como cidadã, como carioca e como brasileira, achei legal divulgar aqui pra vocês. Que a voz seja ouvida!


Sobre o cristo redentor


A arquidiocese do Rio e a Vale estão patrocinando (não sei se o nome disso é patrocínio...) a restauração do Cristo redentor, nosso principal monumento. Essa restauraçõa tem que ser feita com todo o cuidado, já que não pode haver modificações pois o cristo é tombado pelo Iphan.

Seus 38 metros de altura feitos de pedra-sabão estão cercados por andaimes e a "obra" deve durar até junho.

Como foi noticiado há pouco tempo, o cristo foi vítima de uma gangue de pichadores, que apostam quem consegue chegar nos lugares mais difíceis pra fazer essas pichações. A falta de respeito foi tanta que nem o protetor da nossa cidade foi esquecido. O braço direito da estátua foi pichado.

Mas, quem acha que pode fazer o que quer na nossa cidade está muito enganado. Amanhã o autor desse crime irá ajudar na remoção das pichações do túnel do Pasmado (que liga Botafogo à Copa e Urca). Essa ação irá lançar uma campanha do Eduardo Paes contra as pessoas que emporcalham os prédios da nossa cidade.

Significados curiosos...

Carioca, do tupi Kari¨oka, significa casa de homem branco.

Jacarepaguá, significa lagoa baixa dos jacarés.

Copacabana, a praia brasileira mais conhecida do mundo, tem o mesmo nome de uma cidade da Bolívia, que na lingua quíchua, de indígenas sul-americanos, significa mirante do azul.

Ipanema, point de banhistas e uma das minhas praias preferidas, tem um nome com significado indígena também: água ruim para nadar e pescar

Realengo: a tradição popular diz que esse nome veio de juntar real com a redução de engenho: "real eng.", que estava nas placas do bairro.

Rio de janeiro: Foi a primeira expedição exploradora da costa leste do Brasil que, em 1° de janeiro de 1502, descobriu a Baía de Guanabara. Pela data e pelo costume, considerando que rio era qualquer embocadura mesmo não sendo estritamente fluvial, o nome adotado foi este, Rio de Janeiro.

fonte: google!!

terça-feira, 27 de abril de 2010

E por falar em gentileza...


Vocês conhecem o Profeta Gentileza?

Em Niterói, no final do ano de 1961, um incêndio terrível destruiu o circo "Gran Circus Norte-Americano" e acabou com 500 vidas, em sua maioria crianças. Aquele que era um palco de tantas risadas, se transformou num terreno de cinzas e dor.

7 dias após o acontecimento, na antevéspera do Natal, um homem chamado José acordara mudado. Dizia ouvir vozes espirituais que mandavam que largasse o mundo material. Com isso, pegou um caminhão, foi para a região do incêndio e lá plantou um jardim e uma horta. Morou por lá durante 4 anos e nesse período confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade e gentileza.

Após deixar o "Paraiso Gentileza", começou sua jornada como andarilho fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: - "Sou maluco para te amar e louco para te salvar".

A partir de 80, em 56 pilastras que vão do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5 km, ele fez inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização. Durante a Eco 92, o Profeta Gentileza colocava-se estrategicamente no lugar por onde passavam os representantes dos povos e incitava-os a viverem a gentileza e a aplicarem gentileza em toda a Terra.

Hoje as inscrições serão novamente restauradas para não perdermos gentileza... Fica a mensagem!

Obrigada, por favor!!!


Eu digo uma coisa pra vocês: reconhecimento e educação, extremamente necessários em qualquer setor de nossas vidas.

Lembro da minha insatisfação no antigo emprego. Eu não recebia hora extra, ficava de 9h às 23h para finalizar um projeto. O projeto ficava super bacana e não recebia um parabéns ou obrigado de ninguém. nada mais que a minha obrigação, claro, era o meu trabalho fazer tudo direito...

Atualmente, a mesma coisa. Só que passei por uma situação que me encheu de alegria! Meu chefe direto estava viajando. Virei a designer-chefe enquanto isso. Adorei. Todos os trabalhos pediam pra mim e eu fazia com gosto, do meu jeito. E em um deles, pra um setor que não era o meu, recebi uns 15 emails de elogios, inclusive da vice-presidente da instituição! Resultado: vi meu trabalho valorizado, me empolguei pra fazer outros que fossem legais assim pra esse setor, fiquei super feliz. Até o chefe do meu setor teve que se render e me elogiou.

Como é bom ver seu trabalho valorizado. Acho que precisamos de alguns estímulos que a boa educação recomenda. Se te agradecerem de verdade por uma atitude sua legal, tenho certeza que vai sentir vontade de fazer mais vezes. Mas se te ignoram sempre... haja boa vontade!! rsrs

Será que o reconhecimento é pré-requisito para que os cariocas tomem atitudes legais, pratiquem ações do bem e trabalhem melhor?

sábado, 17 de abril de 2010

A diversidade do carioca


Sexta-feira, no trabalho, eu tive um pequeno mas interessante diálogo com uma companheira de trabalho que mal conhecia. Comentei com ela que morava na zona sul do Rio, numa casa muito legal mas com toda a minha familia (quando eu digo toda, é TODA mesmo: eu, meu marido, minha mãe, o marido dela, minha avó, 3 irmãos, 3 cachorros e 1 gato). Isso é muito legal mas tem horas que precisamos do nosso espaço né...

Enfim, no meio da conversa ela perguntou se eu moraria em outro estado. Não tive dúvida quanto a minha resposta: NÃO. Claro que não é um não nunca. É um não, não tenho vontade. Até tenho vontade de conhecer outros lugares, estados, países! Mas pra morar...

Ela disse a mesma coisa. Ama o Rio de Janeiro. Só que na nossa conversa vi como amamos por motivos diferentes. Ela mora no centro da cidade e não troca por nada! Disse que adora sair a noite, ir a museus, shows, exposições, concertos, bares de lá... E realmente, o centro é imensamente rico em cultura.

Eu, não que não vá a esses lugares, mas admiro o Rio de um jeito menos urbano, de um jeito até mais diurno. Gosto de andar na lagoa, pedalinho, fazer trilhas pela cidade, ir a todas as praias, passear no Jardim Botânico, ir nas cachoeiras, barzinho pós praia... Quanta paisagem pra ser explorada, quantos programas ao ar livre.

Rio de Janeiro pra todos os gostos

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Rio de Janeiro em um tour virtual!


Como uma imagem vale mais do que mil palavras, deixo aqui o link pra vocês! Um tour pela nossa cidade, pontos turísticos, tudo lindo mesmo!!

Entrem e confiram! Vale a pena! Depois eu continuo com o futebol...

http://www.zubetzblitz.narod.ru/GALARY/tour_brasil/rio/rio.html

Meu Pequeno Botafoguense


Como carioca, também sou apaixonada por futebol. E domingo que vem será a final do campeonato carioca, no maracanã, disputado por duas das grandes equipes do Rio, Botafogo e Flamengo.

Pois bem, pensando nisso, algumas coisas que aconteceram por aqui e que já não são novidades, mas vale ficar registrado.

Primeiro, e mais recente, o lançamento do livro Meu Pequeno Botafoguense do humorista Helio de La Peña, que conta a história de um garoto, de nome Jair (homenagem a Jairzinho), que numa noite de sábado dorme de uniforme e sonha que é parte da história do Glorioso, desde sua fundação, passando pelos principais momentos da história, inclusive relatando encontros com Garrincha, Nilton Santos, Jairzinho, suas superstições e como se sentiu com as vitórias e as derrotas do Botafogo. Tudo termina com ele acordando no domingo e indo ao jogo do Fogão, numa Kombi, ao lado de gente muito interessante. As ilustrações foram feitas por outro ilustre botafoguense, Aroeira.

O livro faz parte da série Meu time de coração que tem como objetivo resgatar a magia do futebol para as crianças e fazer surgir cada vez mais novos torcedores para os clubes.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"Nomes de Favela"


"Nomes de favela" é uma das composições do artista Paulo César Pinheiro, para seu cd "O lamento do samba". Achei apropriado para o momento...

"O galo já não canta mais no Cantagalo
A água já não corre mais na Cachoeirinha

Menino não pega mais manga na Mangueira

E agora que cidade grande é a Rocinha!


Ninguém faz mais jura de amor no Juramento

Ninguém vai-se embora do Morro do Adeus
Prazer se acabou lá no Morro dos Prazeres

E a vida é um inferno na Cidade de Deus


Não sou do tempo das armas

Por isso ainda prefiro

Ouvir um verso de samba

Do que escutar som de tiro


Pela poesia dos nomes de favela

A vida por lá já foi mais bela

Já foi bem melhor de se morar

Mas hoje essa mesma poesia pede ajuda

Ou lá na favela a vida muda
Ou todos os nomes vão mudar"

sexta-feira, 9 de abril de 2010

"Nota de esclarecimento dos favelados de Niterói"

Vou copiar abaixo uma "Nota de esclarecimento dos favelados de Niterói", que chegou até mim via e-mail, e que veio em resposta a declaração dada pelos nossos governantes que culpam a população pela tragédia ocorrida. Numa sociedade fragilizada, ainda existem aqueles que conseguem pensar no próprio umbigo, ao invés de tentar ajudar e minimizar a dor do próximo. Jogar a culpa na população é fácil. Assumir a culpa e tentar consertar, dar educação, saneamento, moradia, dignidade! Isso é que está cada vez mais dificil. E agora?

Ia escrever mais sobre o assunto, mas envolve tanta coisa que resolvi apenas repassar a nota.

Nota de esclarecimento

Nós, moradores de favelas de Niterói, fomos duramente atingidos por uma tragédia de grandes dimensões. Essa tragédia, mais do que resultado das chuvas, foi causada pela omissão do poder público. A prefeitura de Niterói investe em obras milionárias para enfeitar a cidade e não faz as obras de infra-estrutura que poderiam salvar vidas. As comunidades de Niterói estão abandonadas à sua própria sorte.

Enquanto isso, com a conivência do poder público, a especulação imobiliária depreda o meio ambiente, ocupa o solo urbano de modo desordenado e submete toda a população à sua ganância.

Quando ainda escavamos a terra com nossas mãos para retirarmos os corpos das dezenas de mortos nos deslizamentos, ouvimos o prefeito Jorge Roberto Silveira, o secretário de obras Mocarzel, o governador Sérgio Cabral e o presidente Lula colocarem em nossas costas a culpa pela tragédia. Estamos indignados, revoltados e recusamos essa culpa. Nossa dor está sendo usada para legitimar os projetos de remoção e retirar o nosso direito à cidade.

Nós, favelados, somos parte da cidade e a construímos com nossas mãos e nosso suor. Não podemos ser culpados por sofrermos com décadas de abandono, por sermos vítimas da brutal desigualdade social brasileira e de um modelo urbano excludente. Os que nos culpam, justamente no momento em que mais precisamos de apoio e solidariedade, jamais souberam o que é perder sua casa, seus pertences, sua vida e sua história em situações como a que vivemos agora.

Nossa indignação é ainda maior que nossa tristeza e, em respeito à nossa dor, exigimos o retratamento imediato das autoridades públicas.

Ao invés de declarações que culpam a chuva ou os mortos, queremos o compromisso com políticas públicas que nos respeitem como cidadãos e seres humanos.

Comitê de Mobilização e Solidariedade das Favelas de Niterói"

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mais um posto de doação

A PUC-Rio estará, a partir de segunda-feira, recebendo doações para os desabrigados. Elas devem ser entregues no Pilotis da unidade da Gávea.

Rio: saiba onde fazer doações a desabrigados

Há milhares de desabrigados que necessitam, principalmente, de alimentos não-perecíveis, roupas e colchonetes. As doações podem ser feitas nos seguintes endereços divulgados pela Prefeitura do Rio:

- Centro: no Centro Administrativo São Sebastião (sede da Prefeitura – Rua Afonso Cavalcanti, 455, Cidade Nova)

- São Cristóvão: na sede da Guarda (Avenida Pedro II, nº 111)

- Botafogo: na base operacional da GM-Rio (Rua Bambina, nº 37)

- Barra da Tijuca: na 4ª Inspetoria (Avenida Ayrton Senna, nº 2001)

- Madureira: na 6ª Inspetoria (Rua Armando Cruz, s/nº)

- Praça Seca: na 7ª Inspetoria (Praça Barão da Taquara, nº 9)

- Lagoa: 2ª Inspetoria (Rua Professor Abelardo Lobo s/nº – embaixo do viaduto Saint Hilaire, na saída do Túnel Rebouças)

- Bangu: na 5ª Inspetoria (Rua Biarritz, s/n)

- Tijuca: na 8ª Inspetoria (Rua Conde de Bonfim, nº 267)

- Campo Grande: na 13ª Inspetoria (Rua Minas de Prata, nº 200)

Vamos praticar a cidadania! Remexam os armários, com certeza temos muitas coisas que não usamos e que podem ser úteis para outras pessoas. Fica o recado também para grandes redes de supermercados e quem tem mais grana. Ajudem.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Rio de lágrimas...

Não tenho como falar de outra coisa. Nem só de deboches, brincadeiras e risadas vive o carioca. A natureza mais uma vez manda um recado aos homens e dessa vez fomos nós, moradores do Rio, quem sofremos com ela enfurecida.

A chuva que trouxe o caos na cidade no início dessa semana trouxe também muita dor.

Eu acordei de manhã para ir pro trabalho e meu quarto estava alagado. Olhei pela janela e chovia horrores. Recebi mensagens de várias pessoas dizendo pra não sair de casa. Passei o dia limpando o que a chuva trouxe e confesso que estava um pouco feliz por ter o dia pra arrumar meu quarto e não ir trabalhar.

Mas quando liguei a televisão e acessei os jornais pela internet, minha felicidade se transformou em tristeza e espanto, com tantas desgraças. Familia desfeitas, pessoas desabrigadas, crianças desaparecidas. Mais de 100 mortos. Um sentimento ruim mesmo.

Essa noite não durmi no meu quarto e confesso que demorei a pegar no sono. Estava assustada e triste. Vi a matéria sobre um pai que perdeu o filho. Vi a dor no rosto daquele homem.

Lembrem-se sempre: Não arrisquem suas vidas. Se morar em local de risco, saia. Se puder evitar sair de casa, faça isso. Fique junto da sua família e longe de lugares perigosos. A vida é o que temos de mais importante. Aconselhem seus amigos, não deixe que nenhum parente seu seja cabeça-dura! Fiquem em locais seguro.

Ah, mais uma coisinha. Só chamem a defesa civil e órgãos públicos em casos de emergência. Eles estão auxiliando pessoas em situações realmente graves.

Fica o recado. Que tudo melhore pra todos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pedala Rio!!!


Ontem voltei de viagem e por sorte não fiquei presa no trânsito. Estava reparando que muitas vezes esse trânsito não é por causa de obras ou acidente... é excesso de carro mesmo! Mas o projeto em questão não ajuda apenas o trânsito...

Esse projeto da prefeitura vai mandar bem, só falta divulgar direito (beleza, eu como cidadã vou divulgar aqui, espero que leiam!!).

O nome do projeto é Pedala Rio e a idéia é alugar bicicletas públicas em estações espalhadas pela zona sul da cidade. Pra facilitar ainda mais, parece que elas poderão ser alugadas com riocard (cartão de vale transporte)! São 190 bikes distribuídas por Copacabana, Ipanema, Leblon, Humaitá, Gávea e Lagoa. E a prefeitura promete mais: até o final do ano Botafogo, Aterro, Lapa, Centro e Tijuca terão estações também. As estações são sempre próximas ao metrô e o aluguel é mais ou menos 10 reais por dia ou 20 por mês, sendo apenas necessário fazer um cadastro pelo site www.mobilicidade.com.br (eu já fiz o meu).

Para quem não conhecia esse projeto, já que foi mal divulgado (alô prefeitura, contratem pessoal de design pra ajudar vocês =D ), saiba agora que ele é mais antiguinho, de 2008, mas foi paralisado por causa dos furtos das bikes. Para tentar resolver o problema as magrelas serão monitoradas, terão câmeras nas estações e mais um monte de coisas. Mas o que importa mesmo é a consciência de fazer parte dessa iniciativa e fazer direito, para que ela não seja interrompida e nem acabe!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

“Rio de Cantos 1000”


O fotógrafo carioca Custódio Coimbra está lançando o livro “Rio de Cantos 1000” e pra comemorar irá nos agraciar com uma exposição deliciosa, na Galeria Tempo, em Copacabana, Zona Sul do Rio.

As imagens da exposição mostram diversos e significativos momentos da nossa cidade. Praia, mata, carnaval, a Ala das Baianas, procissões religiosas, o asfalto, enfim. Um olhar sobre a nossa cidade em fotografias lindas. Como diz a curadora da exposição, Márcia Mello: " O Rio é fotogênico e, nas lentes do Custodio, fica irresistível".

A Galeria Tempo fica na Av. Atlântica, 1782, loja E, Copacabana, e funciona de terça à sábado, das 11h às 19hs. E a exposição fica até dia 24 de abril.

Só mais uma "palhinha" do que vão encontrar por lá...